Thais Kubik Martins |
Realizei minha iniciação científica no Laboratório de Diversidade e Conservação de Mamíferos e o principal objetivo desta foi compreender a variação na abundância de uma espécie de pequeno mamífero (Brucepattersonius soricinus) em corredores, bordas e interiores florestais e em uma matriz na florestal. Atualmente, estudo uma comunidade de pequenos mamíferos na Reserva Florestal do Morro Grande (Cotia, SP) e meu interesse é verificar, juntamente com dados já coletados por outros pósgraduandos de nosso laboratório, quais as caracteríticas biológicas das espécies que as tornam mais ou menos vulneráveis à fragmentação, principalemnte características relacionadas ao uso do espaço. Outro grande objetivo é saber se há um trade-off entre as espécies mais e menos vulneráveis dependendo da paisagem (se contínua ou fragmentada), sendo a maior ou menor abundância da espécie como um indicador desse trade-off. Este é um tema bastante novo em estudos de comunidades de animais.
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Projeto de
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Uso do espaço por espécies de pequenos mamíferos em uma área de Mata Atlântica contínua do Planalto Atlântico Paulista: uma comparação entre espécies vulneráveis e não-vulneráveis à fragmentaçãoA perda e a fragmentação de habitats são os principais responsáveis pela diminuição da biodiversidade global. Apesar da ampla variação na resposta a fragmentação entre as espécies, pouco se sabe sobre quais atributos ecológicos determinam a vulnerabilidade das mesmas a este processo. Como a fragmentação muda a estrutura espacial do habitat, é de se esperar que a resposta das espécies esteja relacionada a aspectos do uso do espaço. Este projeto tem por objetivo (1) investigar e descrever de que forma os atributos do uso do espaço (tamanho das áreas de vida, sobreposição das áreas de vida, capacidade de deslocamento e densidade populacional) estão relacionados entre espécies sintópicas de pequenos mamíferos em uma área contínua de Mata Atlântica do Planalto Paulista; 2) investigar se a variação do uso do espaço entre estas espécies é um bom previsor da vulnerabilidade das mesmas à fragmentação. Os dados sobre o uso do espaço estão sendo obtidos em três grades de armadilhagem na Reserva Florestal do Morro Grande. Por meio de uma análise de componentes principais (PCA) descreveremos de que forma os diferentes aspectos do uso de espaço e movimentação estão relacionados entre si e estabeleceremos o principal gradiente de variação destes aspectos entre as espécies estudadas. Com base em dados anteriores obtidos em áreas fragmentadas do Planalto Paulista, será estabelecido um gradiente de vulnerabilidade das espécies à fragmentação (inverso da proporção de fragmentos estudados, num total de 50, em que a espécie esteve presente). Através de regressão linear, testaremos se a variação no uso de espaço é um bom previsor do grau de vulnerabilidade à fragmentação.
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Iniciação
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Corredores florestais como habitat para o roedor endêmico Brucepattersonius soricinus: avaliação da variação da estrutura da vegetação e da disponibilidade de recursos alimentares em uma paisagem fragmentada de Mata AtlânticaOs corredores que são estruturas lineares da pisagem que diferem das unidades vizinhas e que ligam pelo menos dois fragmentos de habitat que estiveram anteriormente unidos, vêm sendo foco de estratégias de conservação, pois, teoricamente, amenizam os efeitos da fragmentação poucos estudos foram realizados enfocando a efetividade de corredores em Mata Atlântica. Sabe-se que a abundância e a distribuição de espécies de pequenos mamíferos são influenciadas pela disponibilidade de recursos alimentares, principalmente frutos e artrópodes e pela estrutura da vegetação. O objetivo do trabalho pé avaliar a importância destes corredores quanto a estrutura da vegetação e disponibilidade de recursos alimentares e avaliar a importância destes corredores como habitat para uma espécies de roedor terrestre, Brucepattersonius soricinus, em uma paisagem fragmentada de Mata Atlântica. A presença e abundância da espécie, a estrutura da vegetação e a oferta alimenta serão amostradas em quatro sistemas, cada um dos quais composto por dois fragmentos conectados por corredor e circundado por áreas abertas de matriz do entorno.
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