Fabiano Fernandes |
Possui graduação em Ciência Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2000), mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003) e doutorado em Biologia Animal pelo PPG Biologia Animal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2008). Tem experiência nas áreas de Zoologia, Genética e Ecologia, com ênfase em pequenos mamíferos, atuando principalmente nos seguintes temas: filogeografia, variabilidade genética, genética de populações, morfologia e morfometria, citogenética, conservação.
Atualmente vem desenvolvendo projeto denominado: “Diversidade genética entre populações de Marmosops incanus (Didelphidae) em três regiões do Planalto Atlântico Paulista com diferentes percentuais de remanescentes florestais”. Descrição: O objetivo deste projeto é examinar a diversidade genética e testar a associação entre os mecanismos demográficos e genéticos responsáveis pelos padrões observados para as populações de Marmosops incanus no Planalto Atlântico de São Paulo, utilizando microssatélites como marcador molecular para investigar as conseqüências da fragmentação do habitat na diversidade e na estruturação genética destas populações, em paisagens com diferentes percentuais de remanescentes florestais. |
Pós-doutorado
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Efeitos da fragmentação do habitat sobre a diversidade e estruturação genética: um estudo de caso com o marsupial Marmosops incanus Lund, 1840 em paisagens com diferentes proporções de floresta remanescente no Planalto Atlântico de São PauloNeste projeto, (1) comparamos a diversidade e estruturação genética entre as populações do marsupial Marmosops incanus em três paisagens de Mata Atlântica do Planalto Paulista com diferentes proporções de florestas remanescentes (30%, 50% e >80%), e (2) avaliamos a importância da distância geográfica e do tamanho e conectividade dos fragmentos para a diversidade genética das sub-populaçoes desta espécie nas duas paisagens fragmentadas (30% e 50%). De acordo com nossas expectativas iniciais, observamos que: (1) há menor diversidade genética e a maior diferenciação e estruturação genética nas populações da paisagem fragmentada com 30% de matas remanescentes do que em ambas as paisagens mais florestadas, e (2) a importância da distância geográfica é menor, enquanto a do tamanho/ conectividade dos fragmentos maior, na paisagem fragmentada menos florestada (30%) em comparação à mais florestada (50%). Estes resultados genéticos estão de acordo com as menores taxas de imigração, estimadas a partir de dados demográficos, para populações de M. incanus em pequenos fragmentos na paisagem com 30% de remanescentes florestais em comparação com as demais paisagens analisadas. Assim, tanto os dados genéticos quanto os demográficos para as populações de M. incanus são condizentes com os padrões de diversidade e abundância de espécies de pequenos mamíferos observado nestas paisagens fragmentadas do Planalto Paulista, dando suporte a idéia de que há um limiar de fragmentação próximo a 30% de floresta remanescente na paisagem, a partir do qual a estrutura metapopulacional é interrompida, com uma redução brusca no fluxo entre populações, em função da redução da proporção de habitat remanescente e aumento do isolamento entre fragmentos.
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